Luís Barreira
nu #2125, 2000
Fotografia/Colagem
Série: entropia
Luís Barreira
nu #2125, 2000
Fotografia/Colagem
Série: entropia
Luís Barreira
elizabeth
Fotografia/Colagem
Série: entropia
*realizada ao longo dos anos 80
Luís Barreira
A N N A - 1989
Fotografia/Colagens
Série: entropia
arquivo: SLIDE_2119-F_126_9870, 1991
*Trabalhos expostos na primeira Bienal de Vila Franca de Xira, 1989
Miguel Ângelo
"voltamos sempre ao ninho", 2017
Pintura a óleo s/papel
24x18 cm
colecção LCB
Fátima Mendonça na inauguração da sua exposição, Janeiro 2017
CARAVELA - SALÃO
(14.01.17 / 04.03.17)
Foto: Luís Barreira
Fátima Mendonça, 2016
Roda da Fortuna (pintura francesa, 1503 - Bibliotheque Nationale)
A Fortuna é cega (vendada) mas na roda da sorte só a nobreza está em jogo...
BOM ANO
O Museu de Arte, Arquitectura e Tecnologia (Maat) acolhe uma exposição de trabalhos de Rui Calçada Bastos, com curadoria de João Pinharanda. Não se trata de uma exposição fotográfica nem o autor se intitula fotógrafo. É um percurso plástico sobre a relação do olhar (o seu) e o percurso vivenciado pelo registo fotográfico.
Simplesmente Brilhante…
photo by Luís Barreira
Walking Distance, Maat, 2016
Rui Calçada Bastos
Exposição
Trabalhos de Rui Calçada Bastos, Maat, 2016
Luís Barreira
neo lítico I, 1985
acrílico s/tela
140x100
colecção privada: Mariana Cavique
American Gothic é uma pintura de Grant Wood da colecção do Art Institute of Chicago.
Na foto 1942. os modelos de Grant Woodsão o Dr. B. H. McKeeby (dentista) e a sua irmã Nan Wood,
Luís Barreira
Retratos na Arte, 2014
Série: Retratos na Arte
Grant Wood, American Gothic, 1930
Man Ray fotografa Marcel Duchamp e Bronia Perlmutter, Adão e Eva inspirado no quadro de Lucas Cranach (o velho), 1924
Gelatin Silver print em placa de vidro, Paris
Musée national d’Art moderne
Luís Barreira
Tate Galleries, 1988
David Bomberg exhibition
Fotografia
Gelatin Silver print
David Bomberg - Procession, 1912-1914
Oil on paper laid on panel, 28.9 x 68.8 cm
Luís Barreira
Mariana com Avó Lurdes, 1991
série: photoart
arquivo: 1991_FOLIO_123_9728
Luís Barreira
New York, 1994
Pablo Picasso, Les demoiselles d'Avignon, 1907
MoMA - Museum of Modern Art
Fotografia
Gelatin Silver print
Luís Barreira
pomo, 1983
acrílico s/tela
40x60 cm
colecção privada: Graça Figueiredo
Quentin Matsys (Leuven, 1466 — Antuérpia, 1530)
O Usurário e sua Esposa, 1514
Pintor Flamengo
Um dos grandes pintores do fim do século XV início do século XVI que se caracterizava por um grande sentimento religioso misturado de um realismo crítico patenteado nas formas grotescas apresentadas. Muitas das suas obras enfatizam a caricatura como forma de crítica exposta na expressão melancólica das figuras, nos gestos brutais dos carrascos ou na actividade usurária dos banqueiros.
“O usurário e a sua mulher” não representa somente a actividade económica de um prestamista, ele é também uma sátira religiosa, pondo em confronto os mandamentos da Lei de Deus, que condenava a usura, representada neste quadro pela Bíblia que a esposa atentamente folheia, e a bondade do trabalho do marido. As muitas obras de Quentin Matsys retratando as respeitáveis actividades de cambistas, ourives e banqueiros, eram acompanhadas de um sentido crítico que podemos adivinhar num dos seus retratos mais famosos: A Duquesa Grotesca, quiçá, o quadro mais conhecido do pintor. A improbabilidade deste retrato não ser verdadeiro, ou melhor, corresponder à beleza retratada, é-nos sugerida pelo lado grotesco da pessoa representada que alguns historiadores atribuem a uma caricatura de Margareth, Condessa do Tirol.
Será?...
Quentin Matsys
Duquesa grotesca (A Grotesque old woman), 1513
óleo em carvalho (64.2 × 45.4 cm)
National Gallery
as árvores da minha aldeia já não morrem de pé…
morrem nas manhãs frias de nevoeiro
morrem numa paleta polícroma já perdida
morrem num tempo esculpido por uma soturna melancolia
morrem no ocaso da memória continuamente vivenciada
morrem na toponímia de um corpo consumido
morrem
morrem as minhas raízes silenciadas dentro de mim
ó homens da minha terra, que mal fiz às árvores da minha aldeia?...
Read MoreLuís Barreira
Lurdes Carvalho portraits (painel), 2002
Fotografia/colagens
Lurdes de Jesus Carvalho (mãe)
«Ó homem, conhece-te a ti mesmo e conhecerás os deuses e o universo.»
Inscrição no oráculo de Delfos, atribuída aos Sete Sábios (c. 650a.C.-550 a.C.)
Virgil Solis
Apolo matando Píton, gravura de 1581, para a Metamorfoses, de Ovídio, livro I.
créditos: wikipedia
No sopé do Monte Parnaso, em Delfos, brotam várias nascentes e uma das mais conhecidas é a Fonte Castália – em honra de uma das náiades (ninfas de água doce) – rodeada por um bosque de loureiros em honra de Apolo. A lenda e a mitologia versada na Metamorfoses de Ovídio diz que junto a esta fonte se reunião algumas divindades, musas, náiades que ao som da lira de Apolo cantavam incessantemente ao ritmo do jorro da “água falante”. Consta que das entranhas desta fonte emanavam vapores alucinogénios provocando ao oráculo de Delfos visões que lhe permitiam profetizar o futuro. Às sacerdotisas passaram a chamar-se pitonisas após Apolo ter desferido mortalmente a serpente gigantesca guardiã do oráculo de Témis (Deusa da justiça) Píton (Pytho). A Fonte Castália converteu-se em oráculo de Apolo. Terá sido a lenda mitológica a fonte de inspiração para a gruta da serpenta da Pena?
As imagens românticas da serra de Sintra estão todas impregnadas de poesia. Não há recanto, árvore, planta, caminho, gruta que não tenha saído da fantasia onírica do seu criador, mas não só. Já muito se falou do revivalismo do Palácio da Pena, das suas origens, dos elementos arquitetónicos que o definem como um palácio romântico; da flora trazida dos quatro cantos do mundo conferindo a este parque um exotismo luxuriante; dos caminhos enviesados que, ao sabor da orografia, vão deixando a descoberto novas figuras de espanto; dos calhaus rolados; da fauna que encontra/ou aqui o seu lugar de eleição… da paixão de D. Fernando II pela cantora de ópera Elise Hensler(mais tarde Condessa d´Edla e sua segunda esposa) que metaforicamente está aqui representado pelo Palácio da Pena e pelo Chalet da Condessa.
Serpente da Pena
Palácio da Pena (Parque)
foto: Luís Barreira
Contudo, há o lado clássico fruto do movimento neoclassicista do final do século XVIII e, sobretudo, do movimento literário da Arcádia que está bem presente no programa do idílico lugar que a serra Sintra esconde. Lugar onde reina a felicidade, a simplicidade, a paz e em perfeita comunhão com a natureza, como na lenda do “nobre selvagem”. O movimento neoclássico não terá sido alheio a D. Fernando II, pessoa culta e erudita. Assim, numa nascente de água que brota das entranhas da serra de Sintra uma serpente à semelhança da Píton de Apolo incumbida de defender o oráculo de Témis se esconde numa gruta. A serpente da Pena está lá. Será o oráculo de D. Fernando II?
texto: 2016 © Luís Carvalho Barreira
Foto: Luís Barreira
Bosco Sodi, Sem título, 2016
"Trabalhei a estrutura com cubos de madeira, pois o uso destes materiais permite que as variações de textura e cor proporcionem o espaço. Assim, a imaginação participa."
Exposição Point of View no Palácio da Pena, sintra