A vida não é de abrolhos.
É de abr'olhos.
A vida não é de escolhos.
É de escolhas.
Por que me olhas e m'olhas?
Por que me forras a alma
com o relento de um sentimento?
Serei eu a tua escolha?
Abre os olhos e olha,
que eu já me escolhi em ti!
Alexandre O'Neill, Entre a Cortina e a Vidraça, 1972