Prof. António Galopim de Carvalho
No passado dia 24 de novembro, tivemos a honra de ter, na nossa escola, um dos expoentes máximos da ciência natural do nosso país, António Marcos Galopim de Carvalho, professor jubilado de Geologia da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, onde lecionou entre 1961 e 2001.
Em tempos de comemoração do nosso patrono, Eça de Queirós, um “cientista” da palavra, foi um privilégio ter um “cientista”, que é um símbolo nacional da defesa e preservação do património cultural e científico, nomeadamente no que diz respeito à evolução da história natural, a fazer as honras da casa.
O epíteto carinhoso do público de “pai” e depois de “avô” dos dinossáurios (por fazer “lobby” para salvar as esquecidas pegadas da pedreira de Carenque, entretanto outra vez abandonadas) não o impede de fazer incursões por outras áreas. Agora falou da energia que nos vem do sol e a sua importância nas paisagens física e humana, deixando já a promessa de voltar à nossa escola para falar sobre “as pedras e a ciência” e “as pedras e as palavras”.
O professor Galopim publicou, às primeiras horas do dia 25 (cerca das 4,30h da manhã), sábado, no seu Facebook o seguinte:
“Ao entrar na Escola (Eça de Queirós), um grupo de cinco ou seis rapazes ofereceu-me um ramo de oliveira (…). Senti-me, de imediato, membro daquela “família”.
Foram quase duas horas de deliciosa conversa com uma assembleia de não sei quantos (talvez uns 200) (na verdade cerca de 240) adolescentes maravilhosos, interessadíssimos. Mas falámos de muitas outras coisas; do que é ser jovem num corpo velho, como era a vida dos adolescentes da minha geração, da agressão que a sociedade do presente está a fazer ao Planeta e o incitamento aos jovens para combaterem essa agressão, a bem do seu próprio futuro, E falámos do papel do professor, na relação com os alunos, na confiança, na transparência e no afeto”.
O professor Galopim confidenciou-nos depois (as palavras são dele): “Foi um prazer ter vivido a manhã de ontem. Já tinha saudades de um auditório cheio.”
O prazer é, evidentemente, todo nosso. A comunidade educativa da Eça está de parabéns.
É mais um marco, a juntar aos muitos, da Escola Eça de Queirós.
Professor Carlos Marques