Sensus extremus
Sensus extremus
Ensurdece, demasiado ruído
Apaga, demasiada proximidade
Cega, demasiada luz
Regela, demasiado frio
Enfraquece, demasiada liberdade
Incomoda, demasiado prazer
Desagrada, demasiada melodia
Paralisa, demasiada beleza
Ofusca, demasiada perfeição
Enlouquece, demasiado pensar
Corrói, demasiado sentir
Anestesia, demasiado amor
Abala, demasiada verdade
Gasta, demasiado tempo
…
Não sentimos os excessos
Texto de Luís Barreira, 1991